Sistema CNA/Senar apresenta resultados dos custos de produ??o do agro
1 de setembro de 2020
A Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) divulgou na quarta (2), em Bras?lia, os principais resultados dos levantamentos dos custos de produ??o de 23 diferentes atividades agropecu?rias durante o 5? Semin?rio Nacional do Projeto Campo Futuro.
Em 2019, os t?cnicos do Projeto realizaram 124 pain?is em 22 estados e reuniram mais de 1.280 produtores, pesquisadores e representantes de sindicatos rurais, de Federa??es de Agricultura e do Servi?o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Na abertura do semin?rio, o presidente da CNA, Jo?o Martins, afirmou que o projeto ? um dos alicerces da entidade, uma vez que as informa??es coletadas servem de embasamento para discutir propostas e definir pol?ticas p?blicas que atendam as necessidades do produtor.
"Os resultados dos levantamentos nos d?o credibilidade na hora de reivindicar pol?ticas p?blicas ao governo e argumentos s?lidos para a defini??o do que precisa ser feito para melhorar a rentabilidade do produtor rural", disse Martins.
Em 2019, os dados do Projeto apontaram lucratividade m?dia negativa de seis das 23 culturas analisadas, sendo elas til?pia com -4%, su?nos com -8%, bovinocultura de leite com -11%, trigo -15%, cafeicultura -28% e aves com aves -33%.
O projeto tamb?m analisou o comportamento dos custos com fertilizantes. Segundo o superintendente t?cnico da CNA, Bruno Lucchi, houve aumento de 23% no custo m?dio desse insumo, comparando o primeiro semestre de 2019 com igual per?odo do ano anterior.
"Os principais fatores que impactaram essa eleva??o foram as condi??es macroecon?micas, taxa de c?mbio, e os efeitos da greve dos caminhoneiros, que influenciaram as negocia??es de fertilizantes", afirmou Lucchi.
O primeiro painel do evento abordou a gest?o rural e foi moderado pelo superintendente do Servi?o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Minas Gerais, Christiano Nascif. "Os dados apresentados retratam a realidade do campo e s?o fundamentais para subsidiar o desenvolvimento de pol?ticas p?blicas e privadas".
A gestora de parcerias do IMEA, Tain? Heinzmann Fran?a, participou dos debates e falou das a??es da Alian?a Agroecon?mica do Centro-Oeste em parceria com o projeto Campo Futuro. Tain? tamb?m apontou as perspectivas do setor agropecu?rio no mercado interno e externo.
J? o coordenador t?cnico da Assist?ncia T?cnica e Gerencial (ATeG) do Senar, Eduardo Gomes de Oliveira, apresentou a metodologia da ATeG e a rede de profissionais. "Hoje um t?cnico de campo atende de 25 a 30 propriedades e um supervisor de 10 a 15 t?cnicos. Ao todo, s?o 3 mil profissionais de campo habilitados".
O segundo painel do dia tratou das perspectivas e inova??es financeiras do agro e foi moderado pelo secret?rio de inova??o da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu?ria (Embrapa), Rafael Vivian.
Durante o debate, o pesquisador do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), Mauro Osaki, disse que os recursos programados para financiamento da agricultura n?o s?o suficientes e que o produtor brasileiro ? for?ado a procurar outros mecanismos de cr?dito rural.
"A taxa de juros de mercado (Selic) menor e a redu??o gradativa da oferta de cr?dito rural do governo devem motivar a participa??o de novos atores no custeio agr?cola".
A s?cia e diretora da empresa de consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel, destacou o cen?rio atual e as perspectivas para a pecu?ria brasileira e as consequ?ncias do surto de Peste Su?na Africana que atingiu o rebanho da China. ?Foram identificados mais de 130 surtos em todas as prov?ncias at? julho deste ano. Mais de seis milh?es de animais j? foram abatidos para conter a doen?a?.
Ao falar de financiamento para o agro, o CEO da Gest?o Integrada de Receb?veis do Agroneg?cio S.A. (GIRA), Gianpaolo Zambiazi, disse que o produtor rural enfrenta muitas dificuldades, como acesso ao cr?dito, inseguran?a clim?tica, alto custo financeiro, venda casada e falta de liberdade na escolha dos produtos desejados.
"O produtor ? a matriz de riqueza do agro, ? ele quem transforma o dinheiro em produto e produto em dinheiro. O pa?s precisa de uma estrutura de cr?dito mais adequada e acredito que a C?dula de Produto Rural (CPR) ? a que mais se enquadra nesse cen?rio".
Por fim, o zootecnista e CPO da empresa Agrotools, Breno Felix, falou da distor??o da rela??o entre o produtor e o mercado financeiro.
"O agricultor e o pecuarista n?o s?o vil?es. Muitas financeiras precificam o seguro agr?cola de uma forma que n?o condiz com a realidade. A Agrotools tem trabalhado para fazer uma leitura real das propriedades e fornecer as informa??es corretas a esses atores, para que essa rela??o melhore".
Fonte: CNA
Em 2019, os t?cnicos do Projeto realizaram 124 pain?is em 22 estados e reuniram mais de 1.280 produtores, pesquisadores e representantes de sindicatos rurais, de Federa??es de Agricultura e do Servi?o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Na abertura do semin?rio, o presidente da CNA, Jo?o Martins, afirmou que o projeto ? um dos alicerces da entidade, uma vez que as informa??es coletadas servem de embasamento para discutir propostas e definir pol?ticas p?blicas que atendam as necessidades do produtor.
"Os resultados dos levantamentos nos d?o credibilidade na hora de reivindicar pol?ticas p?blicas ao governo e argumentos s?lidos para a defini??o do que precisa ser feito para melhorar a rentabilidade do produtor rural", disse Martins.
Em 2019, os dados do Projeto apontaram lucratividade m?dia negativa de seis das 23 culturas analisadas, sendo elas til?pia com -4%, su?nos com -8%, bovinocultura de leite com -11%, trigo -15%, cafeicultura -28% e aves com aves -33%.
O projeto tamb?m analisou o comportamento dos custos com fertilizantes. Segundo o superintendente t?cnico da CNA, Bruno Lucchi, houve aumento de 23% no custo m?dio desse insumo, comparando o primeiro semestre de 2019 com igual per?odo do ano anterior.
"Os principais fatores que impactaram essa eleva??o foram as condi??es macroecon?micas, taxa de c?mbio, e os efeitos da greve dos caminhoneiros, que influenciaram as negocia??es de fertilizantes", afirmou Lucchi.
O primeiro painel do evento abordou a gest?o rural e foi moderado pelo superintendente do Servi?o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Minas Gerais, Christiano Nascif. "Os dados apresentados retratam a realidade do campo e s?o fundamentais para subsidiar o desenvolvimento de pol?ticas p?blicas e privadas".
A gestora de parcerias do IMEA, Tain? Heinzmann Fran?a, participou dos debates e falou das a??es da Alian?a Agroecon?mica do Centro-Oeste em parceria com o projeto Campo Futuro. Tain? tamb?m apontou as perspectivas do setor agropecu?rio no mercado interno e externo.
J? o coordenador t?cnico da Assist?ncia T?cnica e Gerencial (ATeG) do Senar, Eduardo Gomes de Oliveira, apresentou a metodologia da ATeG e a rede de profissionais. "Hoje um t?cnico de campo atende de 25 a 30 propriedades e um supervisor de 10 a 15 t?cnicos. Ao todo, s?o 3 mil profissionais de campo habilitados".
O segundo painel do dia tratou das perspectivas e inova??es financeiras do agro e foi moderado pelo secret?rio de inova??o da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu?ria (Embrapa), Rafael Vivian.
Durante o debate, o pesquisador do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), Mauro Osaki, disse que os recursos programados para financiamento da agricultura n?o s?o suficientes e que o produtor brasileiro ? for?ado a procurar outros mecanismos de cr?dito rural.
"A taxa de juros de mercado (Selic) menor e a redu??o gradativa da oferta de cr?dito rural do governo devem motivar a participa??o de novos atores no custeio agr?cola".
A s?cia e diretora da empresa de consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel, destacou o cen?rio atual e as perspectivas para a pecu?ria brasileira e as consequ?ncias do surto de Peste Su?na Africana que atingiu o rebanho da China. ?Foram identificados mais de 130 surtos em todas as prov?ncias at? julho deste ano. Mais de seis milh?es de animais j? foram abatidos para conter a doen?a?.
Ao falar de financiamento para o agro, o CEO da Gest?o Integrada de Receb?veis do Agroneg?cio S.A. (GIRA), Gianpaolo Zambiazi, disse que o produtor rural enfrenta muitas dificuldades, como acesso ao cr?dito, inseguran?a clim?tica, alto custo financeiro, venda casada e falta de liberdade na escolha dos produtos desejados.
"O produtor ? a matriz de riqueza do agro, ? ele quem transforma o dinheiro em produto e produto em dinheiro. O pa?s precisa de uma estrutura de cr?dito mais adequada e acredito que a C?dula de Produto Rural (CPR) ? a que mais se enquadra nesse cen?rio".
Por fim, o zootecnista e CPO da empresa Agrotools, Breno Felix, falou da distor??o da rela??o entre o produtor e o mercado financeiro.
"O agricultor e o pecuarista n?o s?o vil?es. Muitas financeiras precificam o seguro agr?cola de uma forma que n?o condiz com a realidade. A Agrotools tem trabalhado para fazer uma leitura real das propriedades e fornecer as informa??es corretas a esses atores, para que essa rela??o melhore".
Fonte: CNA