Agro emprega 28 milhões de pessoas no 1º trimestre
Nos três primeiros meses do ano, 28,1 milhões de pessoas trabalharam em alguma área relacionada ao agronegócio no Brasil, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Este é um recorde para o período, considerando a série histórica avaliada desde 2012.

Ao olhar os perfis de ocupações, chama a atenção a maior formalização dos empregos. Houve aumento de 6,1% nas contratações com carteira assinada em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Entre os segmentos, o de agrosserviços contribuiu com 71,2% desse aumento, seguido pela agroindústria (12,9%), agropecuária (12,7%) e insumos (3,2%).

Também no período, os rendimentos mensais dos empregados assalariados cresceram em todos os segmentos do agronegócio, com destaque para insumos e primário agrícola. O avanço dos salários no setor foi de 5,9%, pouco acima do observado na média do país (5,4%).

Crescimento em relação a 2022

De janeiro a maio de 2022, o Cepea estimava 19 milhões de trabalhadores no agro. A partir de 2023, uma mudança na metodologia do Cepea permitiu considerar mais profissões dentro da cadeia produtiva. Com isso, identificou-se "com mais precisão alguns trabalhadores do agronegócio nos setores industrial e de serviços, que não estavam sendo contabilizados anteriormente”, detalha o relatório.

Além da metodologia, o Cepea atribui o aumento da população ocupada ao maior número de vagas no setor de agrosserviços, que empregou aproximadamente 616 mil pessoas. Também o desempenho da produção agrícola com safras recordes expande a necessidade de funcionários nas etapas de transporte, armazenagem e comércio.


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